Jogos Rúnicos: A Cabeça de Mimir

quarta-feira, agosto 29


Este lançamento dá mais detalhes à respeito do que originou o problema, além de incluir uma seção de conselho ao consulente. De fato, seu nome deriva da cabeça oracular do deus Mimir, a qual o próprio Odin consultava em tempos de inquietação. O conselho rúnico é geralmente positivo e, usualmente toma a atitude de que, se não se pode sobrepujar um problema, deve-se evitá-lo. Normalmente, este lançamento rúnico interpreta até três meses no passado e a mesma distância no futuro, mas muito depende do tipo de questão inquirida. 

Para começar, concentra-se na questão e se seleciona vinte e uma runas, colocando-as em pares, da direita para a esquerda. A última runa ficará sozinha; é a runa Resultante. 

O primeiro par representa a natureza do problema que motivou a consulta, ou qual aspecto da vida do consulente que mais tende a trazer problemas. O segundo par mostra a situação presente do consulente, os fatores externos que determinam o acontecimento da situação. Mostra ainda os sentimentos do consulente no momento da consulta. 

O terceiro par simboliza as influências passadas, a fundação de onde o consulente trabalha, os eventos no passado distante que tem a ver com a situação atual. O quarto par de runas vem designar o principal obstáculo ao progresso, o que está impedindo o consulente de atingir a meta; ou quais eventos poderiam abalar a confiança. A fonte de oposição pode ser interna ou externa, e deve-se ler estas duas runas como se estivessem revelando sua faceta mais negativa. 

As duas runas seguintes enunciam as pessoas ou acontecimentos que ainda influenciam os pensamentos, sentimentos e intenções do consulente, e o que ele pode (ou às vezes, deve) fazer para influenciar os eventos a seu favor. O sexto par expressa o consulente como indivíduo, seus talentos, impulsos, predileções; quais ambições ou ideais o motivam; quais fatores no seu perfil psicológico o têm conduzido ao problema. 

O sétimo duo de runas traz a essência da questão. Apresenta a situação atual vista numa perspectiva mais geral, como se mostrasse o que aconteceria se o consulente não estivesse envolvido. O desfecho eventual, caso o consulente continue a linha de conduta que tem adotado até agora, é indicado no próximo par. Freqüentemente pode ser tomado como a trilha que o consulente teria tomado caso não houvesse a divinação rúnica. 

O nono par faz ver os medos (runas restritivas) e esperanças (runas ampliadoras) do consulente. O décimo e último par expõe a melhor conduta a ser seguida. É o conselho dado pelos poderes rúnicos de como manejar o problema, podendo indicar um curso particular de ação, sugerir uma mudança de ênfase, ou apontar que a melhor coisa a fazer é não fazer nada e esperar. 

Por fim, a última runa representa o desfecho possível, dadas todas as influências acima. Não é um evento final, mas o curso de maior probabilidade.

Jogos Rúnicos: A Dança de Sif

quarta-feira, agosto 22

Essa adivinhação é destinada a duas pessoas, como se fosse um jogo. Ela os habilita a explorar seu relacionamento, fornecendo símbolos que podem abrir áreas de discussão que, de outra forma, permaneceriam fechadas.

Cada pessoa escolhe uma runa que descreve o que ela obtém do relacionamento em cada área. Não é uma escolha fortuita; cada um vai até a bolsa e separa a runa que mais lhe convém, apesar de não fazê-lo conscientemente. Contudo, é sempre bom lembrar que a runa correta inexoravelmente adere aos dedos. Estas dez runas (cinco para cada um) são lidas e discutidas à luz do problema enfrentado.

Depois dessas pedras terem sido analisadas, são escolhidas mais cinco runas para mostrar o efeito das necessidades de cada um no relacionamento. Essa última escolha é feita para manter o equilíbrio entre as duas pessoas envolvidas e, assim, simbolicamente, no relacionamento; e também para admitir a influência dos fatores externos no relacionamento.

As áreas cobertas por este lançamento rúnico são:

1) A primeira área é a nutrição fornecida pelo relacionamento no lado físico, tanto na sexualidade, sensualidade, como no sentimento geral de bem-estar físico. 

2) A segunda área é o respeito que cada jogador tem pelo outro e o apoio que cada um pode oferecer. 

3) A terceira área é a camaradagem, ou companheirismo que os jogadores oferecem um ao outro. 

4) A quarta área é o estímulo criativo que o relacionamento fornece para cada um. 

5) A quinta área é a resistência ou a força de cada um para conservar o relacionamento positivo, isto é, a habilidade dos jogadores de combater o pó.

Jogos Rúnicos: O Ciclo de Balder

quarta-feira, agosto 15



Treze das vinte e cinco runas focalizam diretamente o mecanismo da automodificação. Talvez se ache proveitoso ficar atento às treze enquanto é submetido à própria passagem, pois, em conjunto, elas formam um Ciclo de Iniciação. Estas runas compõem uma estrutura de energia dentro do corpo do alfabeto rúnico; uma armadura, por assim dizer, facilitando e sustentando o processo da automodificação.

As Treze são: UR, THORN, AS, RAIDO, KANO, HAGALL, NYD, PERTH, BERKANA , EHWO, ING, OTHILA e DAG. Sempre duas ou mais runas do Ciclo surgem conjuntas em um lançamento, o potencial para crescimento e integração é fortemente intensificado.

Isola-se as treze runas na sacola. Assuma uma postura de quietude, cônscio de que, mais do que apresentar uma questão a ser comentada pelas runas, estar-se-á solicitando orientação ao inconsciente. Agora, retira-se uma runa, a fim de saber em que ponto se acha no Ciclo de Balder. Verifica-se se o sentido da runa sobre sua posição está de acordo com o seu próprio. 

Agora, dentre todas as vinte e cinco pedras, retira-se outra runa para saber como agir, o que requer a atenção, a fim de serem identificados os sinais oportunos à natureza pessoal.

Jogos Rúnicos: O Portal do Paraíso

quarta-feira, agosto 8


Este lançamento dá uma ampla perspectiva, examinando cada departamento da vida do consulente. É útil quando não se tem um problema específico, mas simplesmente se quer obter algum entendimento das tendências às quais se poderá estar sujeito nos próximos doze meses. 

Escolhem-se treze runas, colocando doze em círculo, começando com a primeira pedra na posição referente à nona hora do relógio. Dispõem-se as outras a partir daí, no sentido anti-horário. A décima-terceira pedra deve ser colocada no centro da roda. Estas posições representam as doze divisões da vida centradas em torno de uma runa pessoal, simbolizando o consulente como uma totalidade. 

As posições surgem como segue: 

1) Primeira Casa: Essa é a casa das circunstâncias imediatas centradas ao redor do consulente — sua personalidade, seu temperamento, seu vigor físico, sua saúde, suas habilidades naturais e sua posição frente à questão inquirida. 

2) Segunda Casa: Relaciona-se com assuntos financeiros, o quão dependente de dinheiro o consulente está, sua riqueza e sua capacidade de ganho. 

3) Terceira Casa: Rege as comunicações, viagens curtas, cartas, telefonemas, estudos, recreação mental, conversas e eloquência, publicidade. Também se refere aos irmãos e irmãs, parentes próximos, amigos íntimos, subordinados e assistentes do consulente. Provê detalhes de quão importantes serão e quão ditoso o consulente será empregando-os. 

4) Quarta Casa: Tem a ver com o lar do consulente, sua felicidade, confortos corporais, propriedade, reputação, educação e, especialmente, a mãe do consulente. 

5) Quinta Casa: Descreve as esperanças e medos do consulente, chances de sucesso, e as áreas amorosas da vida. Cobre talento, produção literária sustentada, recreação física, especulação e manifestação de autoconsciência individual, jogos, casos amorosos, gravidez, aprendizado, memória, inteligência, educação superior. Os filhos do consulente. Uma nota de aviso: se THORN ou PERTH estiverem nessa casa, abandone a adivinhação, é inútil. 

6) Sexta Casa: Ligada a dores físicas e mentais transitórias, debilidade, preocupações, querelas, inimigos, obstáculos e impedimentos ao sucesso, ganho através de serviço e trabalho pesado. 

7) Sétima Casa: Cobre o casamento, parcerias, laços legais. Indica a esposa do consulente ou um parceiro comercial. 

8) Oitava Casa: Indica longevidade, doenças sérias, angústia mental séria, atos clandestinos, acidentes, obstáculos formidáveis ao sucesso, problemas para a esposa, fracionamento de parcerias ou cisão entre amigos, heranças e morte, e dinheiro permanentemente atado a investimentos e propriedades. 

9) Nona Casa: Refere-se a sonhos, visões e inspirações. Boa sorte, migração ou jornadas longas — viagens ao exterior. A perspectiva espiritual e filosófica do consulente. O pai do consulente. 

10) Décima Casa: Essa é a casa que trata de reputação, profissão e carreira, e os trabalhos da vida são descritos nesta posição. Mostra a melhor maneira de se estabelecer no mundo exterior. 

11) Décima-Primeira Casa: Mostra coisas que trabalham pelo consulente, mas também cobre lucros e perdas, desejos e sua realização (ou não, caso possa ser), e qual o papel que o consulente se vê assumindo. Os amigos do consulente e sua vida social. 

12) Décima-Segunda Casa: Enuncia ruína pessoal, mágoa, perda, separações, coisas que estão trabalhando contra o consulente, aprisionamento, hospitalização, queda da posição, extravagância, impedimentos à realização sexual, renúncia, auto-sacrifício. Essa casa mostra se o consulente obterá o que deseja e então lamentará o sucesso conseguido. Uma nota de aviso: de novo, THORN ou PERTH nesta casa significa que a adivinhação é inútil. Abandona-se a questão por um dia, no mínimo, ou por uma semana. 

Deve-se ler as runas uma a uma em relação à casa onde jazem. A runa central mostra qual área da personalidade do consulente pode ser expandida com lucros ou, alternativamente, ser posta em cheque.

Jogos Rúnicos: A Estação das Nove Pedras

quarta-feira, agosto 1

Para iniciar, retira-se três runas da bolsa, uma de cada vez, colocando-as viradas para baixo. Repete-se a operação, colocando outras três runas acima das primeiras, e mais três, acima destas últimas. A leitura é feita da direita para esquerda, começando com a primeira runa, embaixo. Essa runa faz referência a circunstâncias do passado, revelando as influências fundamentais que determinaram a situação atual do consulente. Na segunda runa, o passado é relembrado para mostrar ao consulente a forma como certas pessoas ou acontecimentos influenciaram na situação local. Ainda tratando do passado, a terceira pedra permite ao consulente detectar as conseqüências daquelas influências no assunto em questão.

O tempo presente se inicia através da quarta runa, à direita. Ela é a base de uma corrente de influências, que continua agindo no momento atual. A quinta runa é a pedra principal deste lançamento, falando objetivamente sobre a essência da questão. E, com base no que foi revelado nas duas runas anteriores, a sexta pedra dá ao consulente uma visão geral da situação.

As perspectivas para o futuro começam a aparecer na tríade rúnica superior. A sétima runa revela as tendências, mas ainda não faz previsões. As perspectivas passam a ser melhor delineadas através de mensagens mais objetivas. O futuro se torna mais claro na oitava runa. A nona e última pedra é a runa do resultado propriamente dito. Depois de consideradas as causas e influências, essa pedra prevê o desfecho da questão.