Este lançamento dá mais detalhes à respeito do que originou o problema, além de incluir uma seção de conselho ao consulente. De fato, seu nome deriva da cabeça oracular do deus Mimir, a qual o próprio Odin consultava em tempos de inquietação. O conselho rúnico é geralmente positivo e, usualmente toma a atitude de que, se não se pode sobrepujar um problema, deve-se evitá-lo. Normalmente, este lançamento rúnico interpreta até três meses no passado e a mesma distância no futuro, mas muito depende do tipo de questão inquirida.
Para começar, concentra-se na questão e se seleciona vinte e uma runas, colocando-as em pares, da direita para a esquerda. A última runa ficará sozinha; é a runa Resultante.
O primeiro par representa a natureza do problema que motivou a consulta, ou qual aspecto da vida do consulente que mais tende a trazer problemas. O segundo par mostra a situação presente do consulente, os fatores externos que determinam o acontecimento da situação. Mostra ainda os sentimentos do consulente no momento da consulta.
O terceiro par simboliza as influências passadas, a fundação de onde o consulente trabalha, os eventos no passado distante que tem a ver com a situação atual. O quarto par de runas vem designar o principal obstáculo ao progresso, o que está impedindo o consulente de atingir a meta; ou quais eventos poderiam abalar a confiança. A fonte de oposição pode ser interna ou externa, e deve-se ler estas duas runas como se estivessem revelando sua faceta mais negativa.
As duas runas seguintes enunciam as pessoas ou acontecimentos que ainda influenciam os pensamentos, sentimentos e intenções do consulente, e o que ele pode (ou às vezes, deve) fazer para influenciar os eventos a seu favor. O sexto par expressa o consulente como indivíduo, seus talentos, impulsos, predileções; quais ambições ou ideais o motivam; quais fatores no seu perfil psicológico o têm conduzido ao problema.
O sétimo duo de runas traz a essência da questão. Apresenta a situação atual vista numa perspectiva mais geral, como se mostrasse o que aconteceria se o consulente não estivesse envolvido. O desfecho eventual, caso o consulente continue a linha de conduta que tem adotado até agora, é indicado no próximo par. Freqüentemente pode ser tomado como a trilha que o consulente teria tomado caso não houvesse a divinação rúnica.
O nono par faz ver os medos (runas restritivas) e esperanças (runas ampliadoras) do consulente. O décimo e último par expõe a melhor conduta a ser seguida. É o conselho dado pelos poderes rúnicos de como manejar o problema, podendo indicar um curso particular de ação, sugerir uma mudança de ênfase, ou apontar que a melhor coisa a fazer é não fazer nada e esperar.
Por fim, a última runa representa o desfecho possível, dadas todas as influências acima. Não é um evento final, mas o curso de maior probabilidade.