Embora seja pouco conhecida atualmente, a Geomancia é uma arte divinatória muito antiga e das mais importantes. É classificada, ao lado da Astrologia, da Quiromancia e da Cartomancia, como uma das Artes Mestras entre todas as que o homem utiliza para conhecer mais sobre o seu futuro. Seu nome vem de duas palavras gregas: Gê, terra, e manteia, adivinhação; literalmente, adivinhação pela terra.
Segundo os especialistas, a Geomancia, que atualmente não exige mais que uma folha de papel e um lápis, na origem era praticada desenhando-se pontos na terra, que depois formavam as figuras geométricas utilizadas na sua interpretação. No Oriente e nos países onde predominam os desertos era também chamada de “Ciência da Areia”.
A maior parte dos especialistas da arte geomântica concorda em considerar que ela nasceu na Pérsia, há vários milênios; mas as provas de sua existência se perderam no tempo, do mesmo modo como se apagam as histórias escritas na areia. Somente no século XIV surgiriam escritos dedicados à Geomancia e esta ciência seria citada numa das principais obras literárias da humanidade: “Na hora em que, pouco antes da aurora, os Geomantes veem subir no Oriente a sua Fortuna Maior, por via que, pouco antes, era obscura”, disse Dante, no Canto do Purgatório, na Divina Comédia.
Depois disso, muitos foram os que se interessaram pela Geomancia, alguns para praticá-la, outros para analisar seu alcance simbólico e encontrar correspondências com a Astrologia. Assim, foram encontradas analogias entre as figuras geomânticas e os planetas ou os signos do Zodíaco.
Uma das características da Geomancia é ter sido usada e praticada de forma semelhante no Oriente e no Ocidente. O modo de montar um tema geomântico não mudou, por mais que mudassem as latitudes e as línguas. Nas obras dedicadas a ela, pode-se notar diferenças de interpretação, que mais se devem ao pensamento particular de uma época ou de um lugar do que a divergências de método. Ao que tudo indica, foram os árabes os que mais destaque deram à Geomancia, que também é citada nas Mil e uma Noites.
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